sexta-feira, 29 de outubro de 2021

PROVA DE AMOR...

PROVA DE AMOR...

18 Vendo, pois, Dalila que já ele lhe descobrira todo o coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi mais esta vez, porque, agora, me descobriu ele todo o coração. Então, os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela e trouxeram com eles o dinheiro.

19 Então, Dalila fez dormir Sansão nos joelhos dela e, tendo chamado um homem, mandou rapar-lhe as sete tranças da cabeça; passou ela a subjugá-lo; e retirou-se dele a sua força.

Livro de Juízes, cap. 16:18 e 19.



Sansão e Dalila.


Dalila pediu a Sansão

Uma porção

De prova de amor.


O que ele não sabia

É que ela o vendia,

Pois cada príncipe da Filístia

Dava-lhe um mil e cem ciclos de prata

Para ela fazer a sua desgraça.


“Os judeus admiram mais o espírito do que o corpo. A escolher entre os dois, eu também colocaria em primeiro lugar a inteligência.

Sigmund Freud (1856-1939).


E Sansão sem ter por si

Um pouquinho de compaixão

Entregou-se na mão

Dos inimigos de sua Nação


"A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos."

Sigmund Freud (1856-1939).


Se ele tivesse

Por si um pouco de Amor

Não cairia no laço

De um carinho tão barato.


"Não se deve ser mesquinho com o afeto; o que se gasta das reservas é renovado pelo próprio ato de gastar."

Sigmund Freud (1856-1939).


Quem aprende a se amar

Não pode se deixar levar

Pelo amor de quem

Quer saber de onde vem

A sua força.


A mulher infiel

Cumpriu bem o seu vil papel,

Pois pelo vil metal

Desgraçou afinal

Uma vida humana.


 “A voz da razão é baixa, mas, persistente.

Sigmund Freud (1856-1939).


 

 Sigmund Freud (1856-1939).

 Médico e psicólogo austríaco.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

O ESPAÇO E O VENTO

O ESPAÇO E O VENTO

8 O Vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.

Evangelho de JESUS CRISTO segundo São João, cap. 3:8.



JESUS CRISTO e Nicodemos.




Obra de Jacob Jordaens (1593-1678).

Pintor belga.


O vento

Encontrou o espaço

E por um momento

Diminuiu o passo

Para acompanhá-lo,

Mas ele não deixou rastro

Com o seu compasso.


“O espaço é um corpo imaginário, como o tempo é um movimento fictício.”

Paul Valéry (1871-1945).


O vento correu lesto

E muito esperto

Esperou-o na curva

E forte uiva

Apressando a caminhada.



“Sim, meditemos... quem gemeu no bosque,

Onde a florzinha a perfumar cativa?

Seria o vento? Ele passando ergueu

Do tronco a copa sobranceira, e altiva.”



 Maria Firmina dos Reis – escritora

e poetisa brasileira (1825-1917).


Mas, ó decepção!

O espaço não estava lá

E nem por lá passou,

Por isso, não o esperou.


Que maravilha!

Disse a ventania

Que mais rápido corria

Para encontrá-lo então

Através de um furacão.


“Um ciclone pode arrasar uma cidade, mas não consegue abrir uma carta.”

Paul Valéry (1871-1945).


E ali montou um espaço

Que era de fato

Ele mesmo.


“O homem é um animal encerrado no exterior da sua jaula. Agita-se fora de si.”



Paul Valéry (1871-1945).

Pensador, filósofo e escritor francês.