Toda pessoa
Aparentemente tranquila
Esconde a sua ira
Nas areias do seu mar interno,
Cujo inferno
Não cessa de manter aceso
O fogo do desejo,
Do ódio, da vingança,
Da má inveja e da intemperança.
É realmente um dragão sanguinário
Que mantém no semblante temporário
Uma falsa paz.
Não acredita?
Saiba que toda a Humanidade
Ainda conflita
Neste mar de desequilíbrio
De areias escaldantes
Que a todos os instantes
Solta as suas lavas.
Ainda está de pé;
Pois cada corpo atômico
Vegeta no anônimo
Sorriso fingido,
Bem distinguido
Pela ação dos cinco sentidos.
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